Soneto à Lua Pálida
Pálida lua matutina
Estonteada ainda vaga
Divorciada da noite, se põe em ansiedade vespertina.
A espiar as manhãs nascendo nas plagas
Lá pelas bandas do sertão
O gado pasta
Pelos espaços ermos da amplidão
Onde a relva saúda o orvalho e tudo ao belo se arrasta
As flores já desabrocham, jogando no ar um mistério de odores.
E lá em cima, taciturna.
Tu, lua pálida, sem amores.
Em seus meneios
E cansada da farra noturna
Te esvais em devaneios
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